Você já deve ter ouvido falar sobre a doença do carrapato, essa é uma das enfermidades mais preocupantes para a saúde dos cães, podendo evoluir para quadros graves se não diagnosticada e tratada a tempo. Neste artigo, abordaremos os principais agentes envolvidos, sinais clínicos, métodos diagnósticos, tratamento e estratégias eficazes de prevenção.
O que é a Doença do Carrapato?
O termo “doença do carrapato” é utilizado popularmente para se referir a uma doença que engloba diferentes agentes patogênicos, como Ehrlichia canis, Babesia canis e Anaplasma platys, responsáveis pelo desenvolvimento de erliquiose, babesiose e anaplasmose, respectivamente. A transmissão ocorre por carrapatos, se destacando o carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus).
Os agentes causadores são hemoparasitas (parasitas do sangue) que podem atacar as células de defesa (glóbulos brancos) como a Ehrlichia canis, ou os glóbulos vermelhos (hemácias) como a Babesia canis. O transmissor é o carrapato marrom, que pode ser encontrado no cão, mas também parasita outras espécies, a doença é transmitida através da picada do carrapato infectado.
Sinais Clínicos e Fases da Doença
Essa infecção leva a sinais clínicos que podem ser leves a severos e podem variar de acordo com o agente causador, no entanto, são bastante inespecíficos o que às vezes pode dificultar o diagnóstico. Entre os principais sinais, podem ser observados letargia, apatia, fraqueza, perda de peso, febre, falta de apetite e mucosas pálidas, e presença de carrapatos ou picadas (pontos avermelhados ou arroxeados), ao identificar estes sinais, é importante consultar o médico veterinário para não agravar o quadro, pois quanto antes iniciar o tratamento maiores as chances de cura.
A doença se manifesta na fase aguda na qual são observados os sinais clínicos, geralmente nessa fase o tutor encontra carrapatos no animal. Já na fase crônica, o quadro clínico se agrava, com anemia severa, trombocitopenia, aumento de órgãos como fígado e baço e imunossupressão, predispondo o animal a infecções oportunistas. Na fase subclínica, como o nome sugere, não apresenta sinais ou eles são muito sutis, podendo ser identificada no exame de sangue.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através do exame de sangue em conjunto com os sinais clínicos. O hemograma frequentemente revela anemia normocítica normocrômica, trombocitopenia e leucopenia, sugerindo a presença de hemoparasitas. Testes sorológicos podem ser utilizados para detectar anticorpos contra Ehrlichia canis e Anaplasma spp., enquanto a técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) permite a identificação direta do material genético do agente infeccioso, sendo especialmente útil nas fases iniciais da doença. Os testes rápidos são uma excelente ferramenta para a triagem clínica, possibilitando a detecção simultânea de anticorpos contra Ehrlichia canis, Anaplasma phagocytophilum e Anaplasma platys, auxiliando no diagnóstico precoce e na definição da conduta terapêutica.
Tratamento
O tratamento da doença é feito de acordo com a indicação do médico veterinário através da associação de medicamentos de acordo com a fase da doença e sinais apresentados, além do tratamento específico para os agentes infecciosos, a terapia de suporte é essencial para garantir a recuperação do paciente, incluindo fluidoterapia, transfusões sanguíneas quando necessário e suplementação vitamínica para estimular a resposta imunológica. A duração do tratamento varia com a severidade do quadro em média de 3 a 4 semanas.
Prevenção: a melhor estratégia
Além de conhecer sua apresentação, é muito importante saber como prevenir a doença. O uso de antiparasitários, coleiras, spot-on é fundamental para evitar a infestação por carrapatos. Fazer inspeções periódicas no pet em busca de carrapatos também é importante, isso pode ser feito enquanto faz carinho! Além disso, o controle ambiental, com limpeza adequada de canis, casinhas e áreas externas, são medidas indispensáveis para reduzir o risco de exposição ao vetor.
A prevenção, não só protege seu amigo de 4 patas, como também a saúde de todos, embora a doença do carrapato não seja transmitida diretamente pelo cão ao tutor, os carrapatos infectados podem afetar o ser humano, e também transmitem outras doenças como Doenças de Lyme e Febre Maculosa. Por isso é importante lembrar que os carrapatos se multiplicam mais no verão pois precisam de calor e umidade para se reproduzir, então é importante inspecionar lugares escuros, pouco arejados.
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