Você sabia que dia 14 de junho é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue? E assim como para os humanos, a doação de sangue pode salvar a vida de muitos pets, é sobre isso que vamos falar nesse post!
É comum ouvirmos sobre campanhas de doação de sangue para pessoas que possuem algum problema de saúde, os animais também podem precisar receber sangue para auxiliar no tratamento de problemas como anemias devido a doenças ou perdas sanguíneas, problemas na coagulação do sangue e procedimentos cirúrgicos. Já imaginou seu pet ser um super-herói e ajudar a salvar a vida de outros cães e gatos? Para isso é importante que ele atenda a alguns critérios.
Os critérios se baseiam no peso, idade e estado de saúde do animal e podem ocorrer pequenas variações dependendo do centro de coleta. De maneira geral os cães devem ter peso mínimo de 25kg, idade entre 1 e 8 anos, livre de doenças infecciosas, vacinação e vermifugação em dia, controle de pulgas e carrapatos, sem doença prévia, não utilizar medicação de de uso contínuo, não ter recebido transfusão sanguínea, se for fêmea não estar no cio, prenhe ou amamentando e ter um temperamento dócil para permitir a coleta.
Para os gatos, os critérios são basicamente os mesmos, o que muda são o peso e a idade, eles precisam ter peso mínimo de 4kg, entre 1 e 6 anos, a necessidade de transfusão sanguínea em gatos é menos comum, porém, a doação também acaba sendo menos frequente, por isso a importância de conscientizar os tutores de gatos a também serem doadores.
É importante lembrar que a doação de sangue é um ato voluntário, mas os doadores, principalmente aqueles já cadastrados, por exemplo, em bancos de sangue, possuem algumas vantagens como a realização de um check-up (exame físico, exames de sangue como hemograma, testes de função renal e/ou hepática e testes para doenças infecciosas).
Para cães é importante que ele seja livre de doenças como erliquiose, anaplasmose, doença de Lyme, dirofilariose, leishmaniose e brucelose, para os gatos FIV (imunodeficiência viral felina), FELV (Leucemia viral felina) e micoplasmose. Lembrando que isso pode variar de acordo com o local da coleta.
A doação é um procedimento rápido (entre 10-15 minutos) e seguro, não necessita de sedação (por isso a importância de serem animais dóceis), embora em gatos pode ser necessário uma sedação leve. A doação não tem efeitos colaterais e podem ser realizadas doações a cada 3 meses sem nenhum prejuízo para o doador. Em cães são coletados entre 300 – 500 ml (16 – 18 ml/kg) de sangue e em gatos em torno de 40 -60 ml (10 – 12 ml/kg). Após os exames iniciais o sangue coletado é processado e armazenado em seguida são avaliadas as necessidades do receptor para então ser realizada a transfusão sanguínea.
A segurança do pet que irá receber a doação também é muito importante, por isso é feito um teste de compatibilidade entre os doadores. Devido aos diferentes grupos sanguíneos em cães e gatos, um exame chamado reação cruzada, é realizado em duas etapas e identifica presença de anticorpos no sangue do receptor contra as hemácias do doador e vice-versa para evitar reações transfusionais. Além disso é feito o acompanhamento do animal durante a transfusão para controle e correção de eventuais reações como salivação, taquicardia e hipotensão, após a transfusão o animal permanece em observação. A transfusão entre espécies (de um cão para um gato, por exemplo) não é permitida.
Uma bolsa de sangue coletada de um cão pode salvar até 3 vidas! Seu pet pode ser um herói e ainda permitir que outros pets continuem dando alegria para seus donos! Que tal tornar seu pet um doador? Procure seu médico veterinário ou se informe se na sua cidade existe um banco de sangue e verifique se seu pet pode ser cadastrado!